Informativo JDL n. 22 - jul-ago 2023
Olá, sejam muito bem-vindes à 22a edição do Informativo JDL, a newsletter do grupo de pesquisa Jornalismo, Direito e Liberdade, vinculado à Escola de Comunicações e Artes da USP e ao Instituto de Estudos Avançados da USP. Aqui você encontra informações sobre nossas atividades, publicações do grupo e outras indicadas por nós, além de eventos, oportunidades acadêmicas e dicas culturais ligadas aos nossos temas de pesquisa.
Nesta edição destacamos os próximos dois eventos do grupo, que ocorrerão nos dias 22 e 23 de agosto. O primeiro deles será sobre as transformações do jornalismo brasileiro na última década, em parceria com o Observatório da Imprensa e com o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor). O segundo tratará do relatório de recomendações para o combate a discursos de ódio e extremismos, comissionado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo federal e lançado em julho de 2023.
Destacamos também publicações de membros do JDL, como o livro “Eu Juro”, organizado por Eugênio Bucci, Ana Paula Cardos e Felipe Mello, artigo dos pesquisadores Mathias-Felipe de-Lima-Santos, Allen Munoriyarwa, Adeola Abdulateef Elega e Charis Papaevangelou sobre a dependência financeira gerada pela Google News Initiative a comunicadores da África e do Oriente Médio, além do livro infanto-juvenil “O Segredo da Caverna: a Fábula da TV e da Internet", em que os autores Walter Bezerra e Silvana de Menezes refletem sobre nossas práticas midiáticas do cotidiano. Boa leitura!
Estamos falando sobre
Transformações do jornalismo brasileiro na última década
Não há consenso sobre a influência dos protestos que levaram milhares de jovens às ruas com mudanças no jornalismo. O fato é que a década foi marcada por alterações bastante significativas. A violência contra profissionais, a descredibilização da imprensa, a ascensão de veículos de extrema direita são algumas delas.
Por outro lado, em parte em decorrência da crise mercadológica e ideológica do setor, novos veículos vêm sendo criados, projetos independentes - e mesmo nas redações - têm trazido uma diversidade de atores, temas e olhares que refletem na melhor compreensão sobre a diversidade do público, com melhores efeitos sobre a produção dos conteúdos.
Diante desse cenário, o JDL organiza, junto ao Observatório da Imprensa, o seminário O Jornalismo Brasileiro na Última Década: crise, diversidade e inovação. O evento ocorrerá no dia 22 de agosto, das 14-17h30 no Auditório Alfredo Bosi do Instituto de Estudos Avançados da USP, com transmissão ao vivo pelo canal do IEA. A proposta é debater a questão da diversidade do jornalismo, com colegas como Erisvan Guajajara (Mídia Indígena), Antonio Junião (Ponte Jornalismo), Sanara Santos (Laboratório Énóis), Ciça Cordeiro (Talento Incluir), além de efeitos das jornadas de 2012 sobre o jornalismo, com Natália Viana (Agência Pública), Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo), Carlos Castilho (Observatório da Imprensa). A moderação será do professor Eugênio Bucci. Mais informações no site do IEA.
Seminário de apresentação do Relatório de GT do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para o Combate aos Discursos de Ódio e Extremismos
Em março de 2023, o governo federal nomeu, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, um grupo de trabalho formado por profissionais da academia, da sociedade civil, do governo e colaboradores externos, para propor estratégias de combate aos discursos de ódio e aos extremismos. Depois de quatro meses e quinze reuniões de trabalho, o relatório divulgado em julho de 2023 traz medidas de prevenção, de acolhimento de vítimas e de respostas de todos os poderes públicos ao problema. Recomenda-se a atuação de diversos atores sociais e estatais em diversos âmbitos, como nas escolas, na educação midiática, na saúde mental, na inteligência de agências policiais, no monitoramento de propagação e do financiamento desses discursos na internet, além de iniciativas de cooperação internacional no tema.
Para debater o relatório, o projeto Violência em Tempos Sombrios do Núcleo de Estudos da Violência da USP e JDL recebem, no dia 23 de agosto, das 14h00 às 16h30, no Auditório Alfredo Bosi, do IEA, Camilo Caldas, relator do Grupo de Trabalho, além de Luka Franca, que contribuiu com os trabalhos do GT. A moderação será de Laura Mascaro e Vitor Blotta atuará como debatedor. Mais informações em breve!
Novo livro de Camilo Vannuchi
O pesquisador do JDL e professor da Cásper Líbero lança no dia 19 de agosto, das 16 às 20 horas, na Casa da Cidade (rua Rodésia, 398 – Vila Madalena, São Paulo – SP), o livro “A Alegria é uma Responsabilidade Política: a ginga, a audácia e a urgência de Diogo Sant’Ana" (Perseu Abramo/Autonomia Literária). A biografia trata da vida do advogado e militante que atuou em movimentos sociais e foi peça chave nos governos Lula e Dilma, atuando, por exemplo, como secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República na gestão de Dilma. Diogo Sant’Ana faleceu precocemente aos 41 anos, após sofrer uma descarga elétrica de uma cerca energizada no bairro Barra da Lagoa, em Florianópolis. Sua atuação em políticas de redução de desigualdades foi reconhecida no novo mandato do presidente Lula ao batizar com seu nome um novo plano de apoio a catadores de recicláveis.
Januária Alves e Laura Mattos em evento sobre Jovens e Educação Midiática
As pesquisadoras do JDL Januária Alves e Laura Mattos participam de um bate-papo sobre jovens e educação midiática no SESC de Ribeirão Preto, no dia 19 de agosto, às 14hs. Christian Dunker será expositor, junto com Januária Alves, com a mediação de Laura Mattos. O evento faz parte da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto e a mesa é organizada pela Edições SESC.
Atividades de junho e julho
Seminário sobre Liberdade de Expressão e Discursos de Ódio
O JDL realizou no dia 28 de junho o seminário Liberdade de Expressão e Discursos de Ódio em Tempos de Mídias Digitais. O evento contou com exposições dos professores Irineu Barreto Júnior (F. Seade e FMU) e Nara Lya Cabral (Anhembi-Morumbi), e debates de Vinícius Sampaio, advogado e pesquisador do JDL e do Observatório de Discursos de Ódio na Internet - FMU. Enquanto o professor Irineu revelou as dimensões políticas, jurídicas e informacionais dos discursos de ódio, como interesses partidários e ideológicos, violações de normais internacionais, constitucionais e penais, além das dimensões sistêmicas do fenômeno, a professora Nara desvendou os argumentos dos praticantes desses discursos, como uma pretensa liberdade de expressão e a tentativa de se isentar de responsabilidade ao alegar intuitos cômicos.
Contudo, essas defesas não se sustentam diante das normas nacionais e internacionais de combate à discriminação e ao ódio contra grupos, e tampouco em diferentes modalidades da linguagem cômica. As propostas de monitoramento e regulação desses discursos giraram em torno de princípios como o dever de cuidado das plataformas, a diminuição de alcance de postagens e a desmonetização de grandes propagadores desses discursos, além das responsabilizações individuais.
Membro do JDL apresenta trabalho e coordena mesa em grupo de trabalho da IAMCR
Ben Hur Demeneck, membro do JDL e professor colaborador do Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), participou do congresso da IAMCR entre 9 a 13 de julho na cidade de Lyon, na França.
O título do artigo apresentado por Demeneck foi "Consorcios y proyectos periodísticos colaborativos en América Latina: los ejemplos de 'Política Falaz' (CLIP, 2022) y del 'Consórcio de Veículos de Imprensa' [CVI] (2020-2023) contra la desinformación".
Além da apresentação de trabalho, Demeneck atuou como coordenador de uma das mesas do grupo de trabalho “Ética da Sociedade e Ética da Comunicação (ETH-WG/IAMCR)”. Demeneck integra também o projeto Crossmedia UE, coordenado por David Parra Valcarce (Universidade Complutense de Madri) e Elvira Garcia Torres (Universidade Cardenal Herrera, de Valencia). O projeto estuda consórcios e projetos jornalísticos colaborativos, e recebe financiamento do Ministério da Ciência e Inovação do governo da Espanha.
Na academia e na imprensa
Publicações de pesquisadoras e pesquisadores do JDL
Os potenciais riscos da inteligência artificial (IA) para a democracia foram tema de um artigo publicado no Jornal da USP pela pesquisadora do JDL e da Cátedra Oscar Sala (IEA/USP), Magaly Prado. O ChatGPT, da OpenAI, e o Bard, do Google, são poderosos instrumentos criativos e não meramente “ferramentas informativas”, avalia Prado. A autora acredita serem “necessárias reflexões e auditorias constantes nesses modelos de linguagem de IA generativa, de modo que possamos regularmente averiguar possíveis falhas éticas embutidas desde sua estrutura e até suas criações.”
As ferramentas de inteligência artificial generativa também foram assunto da coluna da pesquisadora do JDL, Januária Cristina Alves, no Nexo Jornal. Alves argumenta que a questão central da aplicação da IA no cotidiano é refletir sobre “como [a] usaremos e com que propósito”. Para a autora, a figura do contador de histórias “evoca em nós a potência cocriadora das narrativas, a necessidade imemorial do ser humano contar histórias para viver”. O texto reflete sobre a possibilidade de “estamos transferindo para a máquina o potencial criador que nos moveu até aqui”.
O professor titular da ECA e pesquisador-fundador do JDL, Eugênio Bucci, organizou junto a Ana Paula Cardoso e Felipe Mello um livro sobre ética jornalística chamado “Eu Juro” (Com Arte) . A ideia do livro é bastante inusitada: Bucci propõe a antigos estudantes de sua disciplina de Ética, oferecida para a graduação em jornalismo na ECA-USP, que revisitem o conteúdo de uma prova curiosa que ele propõe aos estudantes ao final do curso. A tarefa da prova era de escreverem um juramento da conduta, das atitudes e valores que buscariam realizar e carregar consigo em sua vida profissional. Os textos dos agora experientes jornalistas são recheados de boas histórias e discussões sobre os dilemas éticos da profissão. O livro, que tem um belo projeto gráfico, acabou de sair da gráfica e ainda não há previsão de lançamento.
É também da integrante do JDL, Januária Cristina Alves, o texto: “Como formar leitores capazes de fazer perguntas inquietas?”. A coluna publicada no Nexo Jornal comenta o preocupante resultado de uma pesquisa feita em dez países e que mostrou a taxa de uso de smartphones por jovens e adolescentes no Brasil. O percentual alcança 96% - bastante acima da média global. Alves argumenta que a “leitura profunda alimenta a imaginação, enquanto que a sequência ininterrupta e cada vez mais veloz das mídias sociais embota os sentidos”.
A migração de usuários de redes sociais centralizadas para redes descentralizadas aumenta os riscos para a credibilidade e a segurança na internet, argumenta a pesquisadora do JDL, Luciana Moherdaui no Portal 360. Um estudo revelou que a plataforma descentralizada Mastodon continha seiscentas peças com conteúdo de abuso sexual infantil nas suas redes. Para a autora, a descentralização das redes sociais são um desafio para os legisladores no mundo.
No mês de julho, o programa Universo das Emissoras Públicas falou sobre uma parceria firmada entre rádios universitárias paulistas para ampliar o alcance das informações sobre ciência e pesquisa. As rádios USP, Unesp FM, UFSCar e Unicamp mantêm uma parceria de intercâmbio de conteúdo sobre descobertas científicas. A integrante do JDL, Gislene Nogueira, apresenta as edições com Verônica Poli. Os programas estão disponíveis em formato de podcast no portal da Rádio USP
Novidades
Leituras de referência indicadas pelo JDL
A partir de dados de mais de 200 milhões de usuários do Facebook e Instagram nos Estados Unidos, pesquisadores investigaram o impacto do algoritmo da Meta na exposição de conteúdo e no comportamento dos usuários durante as eleições de 2020. O estudo é fruto de uma parceria entre os acadêmicos e a big tech e resultou em quatro artigos publicados nas revistas Science e Nature. Em um deles, o grupo comparou o feed algorítmico e o feed cronológico, concluindo que o algoritmo da Meta aumenta o tempo de exposição e engajamento, mas não altera a polarização. Os outros analisaram a polarização informativa, os impactos do conteúdo compartilhado e o enviesamento das fontes de informação dos usuários. Veja os trabalhos: “How do social media feed algorithms affect attitudes and behavior in an election campaign?”; “Asymmetric ideological segregation in exposure to political news on Facebook”; “Reshares on social media amplify political news but do not detectably affect beliefs or opinions”; “Like-minded sources on Facebook are prevalent but not polarizing”.
Uma pesquisa sobre o jornalismo na África e no Oriente Médio demonstrou que as organizações jornalísticas financiadas pelo Google News Initiative nessas regiões criam uma forte dependência financeira e tecnológica para produzirem inovação e que não existem caminhos para a sustentabilidade dessas iniciativas no futuro. O artigo “Google News Initiative’s Influence on Technological Media Innovation in Africa and the Middle East”, assinado pelos pesquisadores Mathias‐Felipe de‐Lima‐Santos, Allen Munoriyarwa, Adeola Abdulateef Elega e Charis Papaevangelou, está disponível aqui.
A pesquisa de mestrado de Ana Paula Dias, no Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (USP), identificou as semelhanças e diferenças nas fake news sobre a pandemia no Brasil e no México. A pesquisadora identificou que as informações falsas que circularam sobre a Covid-19 nos dois países se apropriaram de elementos culturais como uma estratégia para alcançar um público maior e simular veracidade.
Agende-se!
Eventos e oportunidades acadêmicas
Submissão de trabalhos para a SBPJor 2023
A Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) aceita trabalhos para o 21° Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo e o 13° Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo (JPJor).
De 8 a 10 de novembro, na Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal, de forma presencial. O tema é “O futuro do jornalismo: crise epistêmica, desinformação e o protagonismo das mulheres jornalistas”.
Normas da chamada de trabalho estão disponíveis aqui.
O período de submissão é até 14 de agosto.
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Vaga em Loughborough para um pós-doutorado no Projeto de Desinformação Diária financiado por Leverhulme
É uma função de meio período (três dias por semana) por cerca de seis meses a partir de meados de setembro. O papel seria adequado para um pesquisador com um PhD recém-concedido. Em termos formais, este não é um cargo de trabalho remoto, mas podemos ser flexíveis para acomodar os arranjos de trabalho desejados pelo nomeado.
O prazo final é 11 de agosto. Link e página
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Especialização em Educação Midiática na Unisinos com parceria da Agência Lupa
O aluno terá competências teóricas e práticas para acompanhar o desenvolvimento digital de crianças e adolescentes, a ponto de formar reflexões críticas sobre os riscos e a conduta ética na internet. Coordenação do Curso: Taís Seibt e Luciana Kräemer da Silva. Carga-horária: 360 horas. Quinzenalmente de 15/9/23 a 14/7/2025. Aulas online ao vivo, nas sextas-feiras, das 18h45 às 22h45 e aos sábados, das 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Consulte as informações gerais do processo seletivo.
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Escrever, pensar e aprender com IA: explorando as relações entre retórica e inteligência artificial
Conferência virtual organizada pelo SUNY Council on Writing e o Program in Writing and Rhetoric na Stony Brook University acontece nos dias 13 e 14 de outubro.
Algumas maneiras de se envolver com o tema incluem, mas não estão limitadas aos seguintes tópicos:
• Ética da persuasão por e com IA
• Pensamento crítico e pensamento computacional
• A ética de usar software de geração de linguagem na escrita do aluno e a ética de “detectar” tal uso
• Melhorar a aprendizagem e a pedagogia (nas/entre as disciplinas) com inteligência artificial
• Mudança social e inteligência artificial
Envio de propostas por meio de formulário até dia 8 de setembro.
As perguntas devem ser direcionadas a sunycouncilonwriting@gmail.com.
As inscrições estão abertas e mais detalhes estão disponíveis no site.
Na cabeceira
Dicas de leitura e do que fazer com o controle remoto e outros dispositivos
Livro do mês – 1
A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami
Davi Kopenawa e Bruce Albert
Companhia das Letras, 2015, 368 p., R$ 97,90
“No começo do mundo, o céu caiu e matou o primeiro povo que nasceu. Nós somos o segundo povo, aquele que segurou o céu e pôde sobreviver", disse o xamã yanomami Davi Kopenawa, ressaltando, no entanto, que o risco de uma nova queda é iminente.
Ele, que é autor dessa obra que ocupou o segundo lugar no Projeto “200 anos, 200 livros”, promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, pela Associação Brasil Portugal 200 anos e pelo Projeto República (núcleo de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), cujo propósito foi indicar importantes obras para entender o Brasil, nos oferece neste livro um relato pungente, que também é um testemunho autobiográfico, um manifesto xamânico, além de um libelo contra a destruição da Floresta Amazônica.
Publicada originalmente em francês em 2010, na prestigiosa coleção Terre Humaine, esta obra traz as meditações do xamã a respeito do contato predador com o homem branco. Escrita a partir da narrativa de Kopenawa ao etnólogo escritor francês Bruce Albert, de quem se tornou amigo, “A queda do céu” é, segundo Thyago Nogueira, diretor do departamento de fotografia contemporânea do IMS (Instituto Moreira Salles) e editor-chefe da revista ZUM, uma reinvenção da compreensão do nosso país: "O líder e xamã reinventa a compreensão do Brasil ao narrar a origem do mundo e de tudo o que é vivo, os fundamentos de sua civilização, sua luta incansável contra o genocídio e a falácia destrutiva da ideia de desenvolvimento promovida pelo ‘povo da mercadoria’".
Leitura obrigatória para quem deseja se aprofundar na história do Brasil a partir de seus narradores historicamente invisibilizados.
Podcast do mês
Alexandre
Série documental em áudio da Piauí em parceria com a Trovão Mídia
Disponível no spotify
Quem é Alexandre de Moraes? A repórter Thais Bilenky responde a essa pergunta na nova série documental em áudio da Revista Piauí, uma parceria com a Trovão Mídia.
Em seis episódios – o primeiro foi lançado em dia 31 de julho - a jornalista narra o que descobriu sobre este, que tornou-se o protagonista inesperado da eleição mais acirrada da história do Brasil.
Baseado em documentos, entrevistas e fatos públicos a produção jornalística analisa a trajetória e a atuação de um dos principais nomes da política brasileira nos últimos anos: o ministro do Supremo e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Amado por uns e odiado por outros, seu nome, indiscutivelmente, suscita discussões polarizadas — salvador da democracia para uns, seu grande vilão, para outro.
Para ouvir e refletir sobre temas imprescindíveis para a manutenção da democracia – como a questão dos “superpoderes” do STF ou até onde vai a liberdade de expressão em tempos de eleição.
Livro do mês – 2
O segredo da Caverna: a fábula da TV e da internet
Wagner Bezerra e Silvana de Menezes
Ed. Cortez, São Paulo, 2023, 32 p., R$ 25,48
Em tempos de desinformação e fake news a educação midiática tornou-se uma ferramenta essencial para formar leitores críticos e competentes, capazes de fazer frente a esse fenômeno que tem desafiado as instituições antes pilares da sociedade como a ciência e a própria democracia. Porém, em que pese a importância do tema, nem sempre é fácil encontrar uma literatura adequada para falar de assuntos tão complexos para crianças e jovens. Nesse sentido o livro infantojuvenil O segredo da Caverna: a fábula da TV e da internet, do educomunicador Wagner Bezerra, pode tanto ser lido por esse público, como por seus pais e educadores, gerando um diálogo intergeracional dos mais proveitosos, a partir da visão da filosofia e da política.
Partindo do mito alegórico do filósofo grego Platão “A caverna” o autor traz para o contexto do século XXI questões eternas, que seguem tão atuais quanto o desejo humano de saber diferenciar o que é real do imaginário e de conseguir apreender os diversos sentidos daquilo que vê e ouve para compreender a realidade. O livro é um convite à uma reflexão necessária sobre a importância de se educar midiaticamente essa nova geração para que possam exercer a cidadania digital com protagonismo, equilíbrio e consciência social.
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Agradecemos pela leitura e até a próxima edição!